Uma das teorias interessantes do marketing é a Teoria de Maslow. Claro que há controvérsias, o que é sempre bom pra dialética. Você conhece? Bem, ela se baseia nas necessidades humanas. E tem até um modelo: “a pirâmide de Maslow”– que vai da sobrevivência ao crescimento .
Segundo o psicólogo americano Abraham Maslow, existe uma hierarquia de necessidades que nos impulsionam — das mais urgentes às menos urgentes. As fisiológicas (satisfazer a fome) vem antes da busca da proteção (segurança, estabilidade no emprego) ou da necessidades sociais (família, amigos, amor).
Uma das necessidades que vão ao topo do crescimento é a autoestima – de ego (status, reconhecimento, reputação) e da necessidade de autorrealização. Uma vez estabelecida, a autoestima / autorrealização continua a ser sentida como necessidade. É aí que os publicitários trabalham suas campanhas de consumo de luxo, por exemplo.
Nesta etapa, um dos principais fatores do envolvimento dos consumidores com a autoestima e a autorrealização é a diversão, a fortuna e a fama. Tudo alicerçado na sensação de pertencimento que nasce no desenrolar da história contada pela sua marca, produto ou serviço.

Possuir uma determinada marca ou adquirir um produto ou serviço pode ajudar o consumidor a se expressar e construir a sua própria auto-imagem. Estudos indicam que muitas vezes o consumidor só compra determinada marca quando encontra uma correspondência entre si mesmo e a imagem de marca (comunicada por publicidade, design de loja de varejo ou mesmo design de embalagem). Deste modo, o valor de uma marca também depende da sua capacidade para ajudar o consumidor a construir e criar o seu auto-conceito.
O self-branding é um processo em que os consumidores encontram seu próprio conceito com as imagens de uma determinada marca. No marketing digital a prova social de um selfie, por exemplo, é a propaganda perfeita, já que não é da empresa.
Se as motivações humanas de autoestima e autorrealização podem gerar colaboração com a empresa, é preciso ver que histórias você tem para contar que poderia ampliar o engajamento com o seu produto/serviço. Preste atenção no seu cliente. No que ele já diz nas suas redes sociais e o convide a interagir com a sua marca.
Alguns consumidores criativos estão à procura de tarefas divertidas, outros estão à procura de reconhecimento. Emocionar e conquistar pela autoestima e pela autorrealização é o mais importante para que a marca alcance engajamento entre seus clientes.
Nem todo consumidor quer conversar com marcas, mas alguns adoram ser desafiados a colaborar com ideias criativas para empresas reais. Este é um empurrãozinho para as empresas: solicitar aos seus clientes que participem! Aquelas pessoas que compram os seus produtos, que torcem para que você dê certo, que vivem e usam aquilo que você realiza.
Em marketing, a co-criação e a prova social de clientes e fornecedores agrega valor ao negócio. Fique atento para inovar o seu conteúdo em troca de dar benefícios pela contribuição destes colaboradores.
Ressalto a importância de saber contar sua história e ter uma estratégia de marketing. E pedir colaboração dos que sentem necessidade de opinar e participar da marca porque eles são mensageiros inspiradores. Permitir que as pessoas colaborem é essencial para atingir o objetivo.
Em qualquer situação, dê muita atenção ao feedback. Deve haver um canal de diálogo aberto e pronto para atender a estes criativos e engajados colaboradores. E lembre-se. Sua marca, produto ou serviço precisa ter emoção para conquistar e engajar pessoas. E este canal deve ser humanizado. Nada de automatizar respostas neste sentido.
Portanto, é preciso que a qualidade do produto ou serviço seja vista pelo empresário como base essencial para a ação. Como diz Camila Farani em O desafio das Marcas: emocionar o público: “Uma empresa que deseja estabelecer uma relação emocional de sucesso com seus clientes precisa prioritariamente oferecer o melhor serviço e experiência que eles podem ter. Exceder as expectativas é a melhor forma de fazer com que as pessoas criem ‘burburinhos’ a respeito de uma marca. Para isso, os clientes pagam até mais simplesmente porque querem fazer parte de um estilo de vida.”
Saiba quais as 6 características da autorrealização.
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